domingo, 29 de maio de 2011

GRUPO INTERCONFESSIONAL DA MADEIRA (GICM)

APRESENTA:  COMUNIDADE INTERNACIONAL BAHÁ'Í - APRESENTAÇÃO PÚBLICA DA FÉ BAHÁ'Í

PROGRAMA -  BOAS VINDAS - INTRODUÇÃO À FÉ BAHÁ’I  - SESSÃO DE PERGUNTAS

PARTE SOCIAL/PEQUENO LANCHE.    DATA: 22 DE MAIO DE 2011 -  HORA: 16:30 às 18 30.   LOCAL:   HOTEL FOUR VIEWS MONUMENTAL LIDO,  2º ANDAR - ESTRADA MONUMENTAL, 284 - FUNCHAL - MADEIRA
 
 
 
 
 
 
 
Para mais informações:Telm.: 968158500, 964808051,Sede da UBPM: Rua das Pretas, 67-A, 9000-049 Funchal, ou , Fé Bahá'í: Apartado 4026 / 9001-801 FUNCHAL  / TEL's: 291 948 220 /  917 702 121.

Estiveram presentes mais de 50 pessoas. Um facto inédito na Madeira

THE BAHAI FAITH

BBC - Religion: Bahá'í

The Bahá'í faith is one of the youngest of the world's major religions. It was founded by Baha'u'llah in Iran in the 19th century. ...
www.bbc.co.uk/religion/religions/bahai/ -
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A história da fé desenrola-se em torno de três figuras centrais
Por Deolinda Pereira
O Báb 1819 – 1859;   Bahá’u’lláh (1817 – 1892) ;   Abdu’l-Bahá  (1844 – 1921)
“O Báb” (a “Porta”);
O Precursor de Bahá’’ulláh e o Arauto da Nova Era.
Anunciou, em 23 de Maio, na cidade de Shiráz, na Pérsia, ser o portador de uma revelação Divina destinada a transformar a raça humana;
Proclamou o surgimento iminente do prometido de todas as Religiões, que teria como missão estabelecer uma nova era de justiça e paz.
Para a sociedade persa, a Sua mensagem tinha características revolucionárias.
Os Seus ensinamentos sobre:
Renovação espiritual;
Progresso social;
Promoção da educação e das ciências;
Igualdade de direitos entre homens e mulheres, despertou esperança e entusiasmo entre todas as classes sócias e atraiu milhares de seguidores para a Causa. Mas ao mesmo tempo causou a ira do Clero Xiita e das entidades governamentais que rapidamente consideraram a nova religião como herética e subversiva.
Prenderam – No por três anos numa zona inóspita da Pérsia e vários seguidores morreram em massacres um pouco por toda a Pérsia.
Em 1850, as autoridades religiosas e civis condenaram o Báb à morte, e Ele foi fuzilado na cidade de Tabriz.
Sua Dispensação durou apenas 9 anos. Mas a Sua história não passou despercebida, nem mesmo aos ocidentais. Chegou mesmo a ser representada numa peça de teatro.
Em Portugal, Eça de Queiroz refere o Báb e o babismo no Livro: “A Correspondencia de Fradique Mendes”. Nesse Livro o Interlocutor de Fradique imagina-se a chegar a Lisboa como um missionário do Babismo.
Eis a citação referida nesse Livro:
“E Fradique, com toda a singileza, confessou que se demorara tanto nas margens do Eufrates, por se achar casualmente ligado a um movimento religioso que, desde 1849, tomava na Périsa um desenvolvimento quase triunfal, e que se chamava o Babismo.”
O Báb deu Sua vida para preparar o caminho para a vinda de Bahá’u’lláh, “A Glória de Deus”, a bandeira de cuka fé estava destinada a ser hasteada em todos os cantos do planeta.
“Bahá’u’lláh” – “A Glória de Deus”
Nasceu em Teerão no dia 12 de Novembro de 1817, numa família da nobreza persa.
Sua infância e juventude foram passadas em condições principescas.
Por volta de 1840, recusou um cargo governamental; preferia dedicar-se a actividades filantrópicas que O tornavam conhecido como o “Pai dos Pobres”.
Esta existência privilegiada desmoronar-se-ia, quando Se assumiu como um dos principais apoiantes do Báb.
Do momento em que testemunhou a veracidade da Revelação do Báb e de Se ter levantado para a proclamar e ter atraído muitas almas, incluindo altos dignatários do Governo, de imediato Lhe foi decretado ordem de prisão.
Daqui em diante Bahá’u’lláh passa o resto da Sua em prisão e exílio.
Após a execução do Báb, Bahá’u’lláh foi encarcerado numa prisão de Teerão, o Siyáh-Chal (“o fosso negro”). Uma prisão subterrânea, apenas com uma porta de entrada, onde eram confinados aqueles que eram considerados os piores criminosos da época.
Ali ficou por quatro meses, acorrentado a outros Seus seguidores, nas mais cruéis condições.
Foi nessa prisão que Bahá’u’lláh recebeu a Revelação Divina.
O que se segue é um excerto que vou ler na íntegra, retirado de uma Epístola revelada em 1891, em que Bahá’u’lláh se refere ao momento que recebe a Revelação.
São estas as Suas palavras:
“Certa noite, num sonho, estas excelsas palavras fizeram-se ouvir: “Em verdade, Nós te faremos vitorioso por Ti próprio e por Tua pena. Não Te lamentes por aquilo que te sucedeu, nem tenhas medo, pois estás em segurança. Em breve Deus erguerá os tesouros da terra – homens que te ajudarão por Ti próprio e por teu Nome, através do qual Deus revivificou o coração daqueles que O reconheceram.”
Enquanto Bahá’u’lláh esteve preso, alguns membros do governo e do clero, insistiram que Ele fosse executado. Mas o Seu prestígio e posição social protegeram-No.
Ao fim de 4 meses de prisão, as autoridades decidiram exilá-Lo para Bagdade, capital provincial do Império Otomano.
A viagem foi feita em pleno inverno, nas montanhas do Curdistão.
Nunca mais voltaria ao Seu país natal.
Em Bagdade viviam centenas de refugiados Babis.
 Estavam desiludidos e sem liderança.
Bahá’u’lláh começou a reorganizar a pequena comunidade Babi, assumindo gradualmente um papel de liderança.
Esclarecia e aconselhava os crentes nas suas actividades. Também os elucidava sobre o significado da religião do Báb.
Foi nesse primeiro exílio que foram revelados dois dos Seus mais conhecidos Livros: O Livro da Certeza e as Palavras Ocultas.
No “Livro da certeza”, (a obra teológica mais importante da fé bahá’i), Bahá’u’lláh, oferece uma explicação lógica iluminadora e irrefutável do simbolismo e dos textos enigmáticos das Escrituras do passado, assim como o grau e a missão de cada um dos Fundadores das religiões reveladas do mundo , e a unidade dos seus ensinamentos.
No Livro “As Palavras Ocultas”, são apresentadas as eternas verdades que estão no âmago de cada religião. (por inspiração)
O crescente prestígio de Bahá’u’lláh, como Líder espiritual, espalhou-se rapidamente pela cidade, sobretudo entre os peregrinos xiitas persas que visitavam as cidades santas de Najaf e Kerbala.
Temendo que essa influência pudesse causar um novo entusiasmo popular pelo movimento Bábi, persas e otomanos decidiram exilá-Lo para Constantinopla, hoje Estambul, na Turquia.
Mas, antes de abandonar Bagdade, em Abril de 1863, Bahá’u’lláh e Seus companheiros acamparam no Jardim de Ridvan, nas margens do rio Tigre. Durante 12 dias vários bábis, membros do governo provincial e sacerdotes, homenagearam Aquele exilado, cuja fama era inegável.
Foi durante esses 12 dias que Bahá’u’lláh revelou a alguns seguidores mais próximos ser Ele O prometido pelo Báb.
O exílio na capital do Império Otomano duraria poucos meses.
Bahá’u’lláh com seus familiares e companheiros foram bem recebidos pelas autoridades.
Aqui, mais uma vez o prestígio e a condição social de Bahá’u’lláh suscitaram a curiosidade de ministros e personalidades conhecidas. Despertando, também, a atenção das embaixadas europeias.
Várias intrigas do embaixador persa, levaram o governo otomano a mudar de atitude e a decretar, no final de 1863, um novo exílio. Desta vez o destino seria Adrianópolis, também na Turquia, uma cidade mais afastada da fronteira persa. O objectivo era afastá-Lo cada vez  mais longe.
Durante este terceiro exílio, Bahá’u’llah começa a assumir publicamente a Sua condição de mensageiro de Divino.
Também se viveram dias de tensão quando alguns Babis contestaram a sua liderança, difamando-o e tentando envenená-lo.
Foi durante este exílio que a Comunidade começa a adquirir uma identidade própria e os babis passam a chamar-se bahá’is , seguidores de bahá’u’lláh.
Foi aqui, em Adrianópolis, que Bahá’u’lláh começou a revelar uma série de Epistolas dirigidas aos reis e governantes do Seu tempo: A Epistola de Ahmad; Epistola de Ridvan e Epistola aos Reis.
Nas  Epistolas aos reis são incluidos conselhos sobre governação e como tratar os homens com equidade. Convoca-os a defenderem a causa da justiça e fazerem cessar a miséria e a guerra.
À Rainha Vitória elogia o sistema democrático do reino Unido e a abolição da escravatura no Império Britânico.
A Napoleão III, e num tom condenatório, profetiza a queda do Imperador Francês.
Mais uma vez, a fama de Bahá’u’lláh se espalha entre os habitantes da região, e o governo decide exilá-Lo para mais longe ainda, à cidade prisão de Akká, na Palestina.
Em Agosto de 1868, Bahá’u’lláh e o pequeno grupo de exilados persas, desembarcam em Akká.
Durante dois anos estiveram detidos na fortaleza-Prisão. As condições eram particularmente duras e os contactos com o exterior estavam proibidos.
A maioria dos Bahá’is desconhecia Seu paradeiro. Em Akká, circulavam boatos sobre um importante prisioneiro que tinha chegado.
No final de 1870 Bahá’u’lláh obteve permissão para residir no exterior da prisão.
Primeiramente ainda vivei na cidade de Akká, mas mais tarde mudou-Se para os arredores.
Apesar de continuar a ser um prisioneiro do Império Otomano, as condições de vida foram melhorando
Os últimos anos de Sua vida foram passados a receber crentes que O queriam conhecer pessoalmente, e a revelar epistolas que continham esclarecimentos e conselhos para os crentes.
Faleceu em 29 de Maio de 1892.
Foi em Akká que Bahá’u’lláh revelou o Livro mais importante das escrituras bahá’is: o Ktá-i-Aqdas o ”O Livro Mais sagrado”)
Neste Livro definem-se os princípios e leis essências a ser observados pelos bahá’is.
Também se estabelecem os princípios que devem reger a ordem administrativa que deve governar os destinos da comunidade bahá’i.
Vejamos agora um pouco sobre Abdu’l-Bahá.  “ O Servo de Bahá”, conhecido pelos bahá’s como o “Mistério de Deus”.
Abdu’l-Bahá é o Filho mais velho de Bahá’u’lláh. Nasceu a 23 de Maio de 1844, na mesma noite em que o Báb anunciou Sua Missão.
Desde muito novo acompanhou e sofreu junto com seu Pai as perseguições aos babis. Viveu como prisioneiro por mais de 40 anos.
Foi o primeiro a reconhecer Bahá’u’lláh como o Prometido de todas as religiões.
A partir de Adrianópolis, começou a assumir um papel cada vez mais visível. Eram-lhe delegadas responsabilidades e frequentemente tinha de ser representante dos bahá’is perante outras entidades políticas e religiosas.
Após o falecimento de bahá’u’lláh, em Maio de 1892, assumiu a liderança da comunidade Bahá’i, conforme estabelecido no testamento de Seu pai.
Após a revolução dos Jovens Turcos, em 1908, foi definitivamente libertado e obteve completa liberdade de movimentos
Essa liberdade foi aproveitada para viajar até ao Egipto, à Europa e aos Estados Unidos, para levar a mensagem de Bahá’u’lláh.
Passou os últimos anos da Sua vida na Palestina, recebendo crentes e trocando correspondência com muitos outros.
Após a 1ª Guerra Mundial, os Britânicos atribuíram-lhe o título de “Cavaleiro do Império” como reconhecimento pelo Seu apoio à população durante os anos de conflito.
Faleceu em Novembro de 1921, em Haifa, no actual Estado de Israel.
Nomeou como sucessores, o Seu neto Shoghi Effendi e a Casa Universal de Justiça.